A ‘boa-nova’ é partilhada pela Organização das Nações Unidas (ONU) que, esta segunda-feira, realizou uma consulta virtual com jornalistas e outros profissionais da comunicação dos diversos estados-membros, com o objectivo de obter comentários, sugestões e recomendações sobre os métodos de aplicação dos princípios do Código de Conduta das Nações Unidas para Integridade de Informação nas Plataformas Digitais.
O encontro surge como uma resposta do Secretário-geral da ONU ao pedido feito pelos estados-membros para trazer resumos de políticas existentes e recomendações para os vários desafios que o mundo enfrenta para o alcance da Agenda 2030.
A consulta foi facilitada por Lara Longle, especialista em comunicação da ONU, e durante a apresentação de cada princípio do Código de Conduta, houve espaço para debate sobre os pontos apresentados.
Para Orquídea Rafael, participante do encontro, “antes de se falar sobre o compromisso com a integridade da informação é necessário falar-se sobre a literacia digital, ou seja, educar e ensinar as pessoas as usarem as ferramentas digitais da forma correcta”, quer sejam os indivíduos como as pessoas colectivas que trabalham para levar a informação até um público maior.
Por seu turno, levantou-se a necessidade de “sistematização de informação de utilidade pública nas instituições, como forma de empoderar as pessoas sobre a literacia das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), e permiti-las participar de forma mais aberta e consciente nos assuntos de interesse público”. A observação foi pela por Paulino Rafael, também participante do encontro virtual.
Num contexto em que se verificam ameaças causadas pela desinformação, informações erradas e discursos de ódio, com impacto global em áreas como saúde, mudanças climáticas, democracia e eleições, igualdade de género, entre outros, o Centro de Informática da Universidade Eduardo Mondlane (CIUEM) participou desta consulta através do departamento de comunicação, tendo em conta que tem no seu programa o compromisso de implementação da Agenda 2030 no seu programa de actividades.